setembro 17, 2007

impregnado

Tem rua que tem cheiro. Óbvio. Mas o que eu quero dizer é que tem lugares que têm cheiro de gente que eu conheço. Nitidamente. Como uma brisa que envolvesse o meu corpo na imediata lembrança de alguém.

Quando isso acontece, o normal é ficar amolecida e, ao mesmo tempo, inquieta. Ressabiada. Como se pudesse esbarrar na criatura a qualquer momento.

O fato é que minha memória marca alguns perfumes. Que não são, exatamente, perfumes. Então, pode ser que o caminho não seja o que aparenta ser, à primeira vista. É difícil dizer se o cheiro está realmente no ambiente ou se se esconde dentro de mim mesma.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Gostoso" de ler esse texto. Puxa vida! Tive essa sensação hoje. Essa memória olfativa.
Foi muito bom.

Anônimo disse...

10 linhas... que podiam estar na dissertação... =P

Anônimo disse...

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