maio 19, 2010

erro de cálculo

Encontrou-o na porta da biblioteca. Ela entrando, ele saindo. Sentindo-se atrevida, aproximou-se para lhe dar um beijo no rosto pegando atrás de sua nuca. Não foi obra do acaso. Voluntariamente, não tocou em seu braço, não tocou em seu ombro, como normalmente aconteceria. Tocou, acariciou, com sutilíssima malícia, sua nuca.

Era o que bastava. Naquela noite, ele sonhou com ela.

Na semana seguinte, ao encontrá-lo na aula, como de costume, ela percebeu, quase sorrindo, seus batimentos acelerados.

Nenhum comentário: