novembro 19, 2007

faca sem fio

Pulmões cheios da água salgada que quase nunca pode se aventurar a sair. Cheiro de vazio. A cabeça pesada não consegue esmagar o vácuo que não desaparece nem com a ajuda das mãos ao pressionarem o peito.

Dor intempestiva a da perda. Tamanho fôlego de vendaval no curso das ondas de escuridão afetam os nervos.

Vitrine única, a pele é um filtro quase perfeito. Mas será que só escapam os tons de dourado?

2 comentários:

R. disse...

Já escreveu Sampaio:

"Não fui eu nem Deus não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer
Tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor é solidão
Se um vai perder outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida e ninguém vai mudar

...

Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arreada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Sou só um compositor popular..."

E como finaliza Chico:

"...é sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar..."

Enfim... :/

Eu sei que não tenho moral nenhuma pra falar de displicência bloguística já que o meu blog vive às traças. Mas já li seu blog todo, daí surge o vício. Você devia escrever com mais frequência, detesto crises de abstinência :)

Bjs!

yéssica klein mori disse...

lindos posts! comentei no meu preferido ;D
poesia e dor, combinação perfeita - adorei.

;**