Amei incontrolavelmente. Amei demais, provavelmente. E, quem sabe, tenha sido exatamente esse amor excessivo que te afastou de mim nesses anos que ficamos juntos. Agora que me amas com tamanha profundidade, meu coração já não é mais o mesmo. Já reformou seus espaços, já cicatrizou algumas grandes feridas. Deu-me vontade de voltar no tempo. Voltar no meu tempo, não no teu. Vejo agora que, realmente, meu olhar tem caminhos muito diferentes dos que costumam percorrer os teus olhos.
Não vou poder te arrancar do peito. Nem podes me devolver a parte que te entreguei. E arde saber que te faço sofrer. Arde porque sei. Já senti a mesma coisa por ti.
6 comentários:
Dizem por aí que a verdade e o amor não existem.
Verdades, se criam.
Amores, se fantasiam.
Esse final me lembrou uma poesia De Amélia de Oliveira, respondendo uma outra de Olavo Bilac, qdo o amor dos dois foi proibido pela familia dela.
"Não te peço a ventura deseja,
Nem os sonhos que outrora tu me destes,
Nem a santa alegria que puseste
Nessa doce esperança, já passada.
O futuro do amor que prometeste,
Não te peço! Minha alma angustiada
Já na te pede, do impossível, nada,
Já te não lembra aquilo que esqueceste!
*Não te peço a ventura desejada.
"Senhora, pois que podeis
Dizer que não, ou que sim,
A ambos não magoeis:
Dizei - sim, mas não a ele;
Dizem - não, mas não a mim."
Vc continua linda, pena que em um tempo distante te perdi.. burro!!!!
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