maio 11, 2006

êxtase

A festa quase por acabar, a pista quase vazia, ela com a felicidade que não cabia no peito. Começou a tocar sua banda preferida.

Primeiro, começou a mover os ombros no ritmo, levemente, quase involuntariamente. Uma amiga a puxou pelo braço e começou a dançar. Ela abriu um enorme sorriso. Progressivamente, sua cintura começou a parecer uma espécie de eixo para seu corpo. Os ombros se tornaram muito mais ousados. Os braços ganharam o alto e, depois, muito mais movimento. As ancas, de um lado pra outro, num movimento que seria meticulosamente calculado, se não fosse completamente intuitivo. Hamorniosa e audaciosamente aquele corpo se movia como nenhum outro. Até nos movimentos pequenos havia sensualidade. O sorriso não lhe saía do rosto e os olhos, quase o tempo todo, fechados. Quando efemeramente os abria, mostrava um brilho incomum. De repente, quase como uma paradinha de bateria, movia a cintura duas vezes mais devagar, mas ainda perfeitamente no ritmo, como se quisesse torturar qualquer mente masculina. Mas não era só. Quando as pernas dobravam um pouco mais, a barra do vestido repousava sobre a parte de cima das coxas.

Que importa. Seu corpo era um instrumento da agitação intensa de sua mente naquele momento. Não ligava pra mais nada. Nem pros homens que paralizavam enquanto ela se movia intensamente.

2 comentários:

Mythus disse...

Ele até se segura bem vendo-a dançar - o que é (acreditem) mais uma questão de auto-controle do que propriamente paralizia -, é bom vê-la dançar, mas não custaria muito para que seu auto-controle fosse vencido pelo desejo de arrancar-lhe um pedaço. ;)

Anônimo disse...

hmm... exercícios da volúpia.