setembro 22, 2005

agonia

Sabe aquela hora em que você não entende mais nada, em que não quer saber mais nada, quando tudo lhe parece incompreensível?
Aquele momento em que você parece estar no meio de um caminho que não leva a lugar nenhum e as marcas que você deixou na chegada parecem ter sumido?
Até dá pra desvendar o porquê da sua presença ali, mas seria bastante complicado dizer qual seria o próximo passo.
Há uma infinidade de correntes de ar. Todas o querendo levar pra um lugar diferente.
Cheio de possiblidades, você parece não poder ou não querer nenhuma delas. É uma peça com encaixe elíptico num quebra-cabeças de cortes retos.
Empacado ou planando? Nem mesmo você saber dizer.
Será que está com as rédeas na mão? Será que os cavalos estão encilhados? Será que eles são seus?
E os seus desejos? De quem são?
O duro é esperar para atravessar a rua. É vagar sem direção onde as ruas já estão definidas. É trilhar o seu próprio caminho no meio da multidão inquieta.
Queria viver de vento. Mas o vento é só meu amigo, nada mais.

3 comentários:

Anônimo disse...
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Mythus disse...

É duro ser guarda-chuva em chuva de vento. Você é levado pra todo canto, puxam de um lado, puxam de outro, você é destruido e não ajuda ninguém (e não faz nada do que deveria fazer).

A vida vai nos empurando pelo caminho, mas são tantos que nos empurram que, olhando pra trás, não dá pra saber mesmo como é que chegamos ali.

Sem exatamente o que você quer dizer.

Assim que um de nós dois encontrar o fio, a ponta ou o novelo de lã de Teseu, avisa o outro. Quem sabe não saimos logo desse labirinto?

Será que dá pra perceber por esse comentário como o dia está estupidamente cheio? Aqui o caos reina. :^/

Anônimo disse...

Sou feliz. Eu vôo com o vento.