abril 17, 2016

capturadas

Palavras importam muito. Conseguir combiná-las da melhor forma, para cada ocasião, é uma competência difícil de alcançar. Além de exigir uma formação bem peculiar, colocar em prática uma façanha como essa pressupõe seleção, planejamento, escrita e reescrita, mesmo que o discurso não tenha como objetivo habitar apenas o papel. 

No entanto, tenho achado chato demais ter que sempre selecionar, planejar, escrever e reescrever, medir as coisas que digo. Queria ter um porto seguro para atracar meu verbo sem filtros, sem regulamentações. 

Quem sabe, esse seja o próprio porto. Pelo menos, é o único disponível no momento. Infelizmente, nele as palavras se perdem no silêncio do horizonte. 

Um comentário:

Wlad disse...

Talvez seja o receio do que Khalil Gibran disse, certa vez: "A palavra dita é como uma flecha lançada...bla...bla". Aos diabos com Khalil Gibran.

rs

Um abraço.