janeiro 22, 2008

mexe com quem tá quieto...

Já conversavam por horas e horas. Divertiam-se um com o outro.

A cada momento, o impulso que ele sentia em direção a ela parecia mais difícil de segurar. Mas não tinha certeza do que ela sentia por ele, então agüentava o tranco, engolia o desejo.

Depois do jantar, sentaram-se no sofá. Ela tirou as sandálias e sentou com as pernas encolhidas para o lado. Deixou a garrafa na mesa em frente e dividiu o resto do vinho nas taças. Quando a sua secou, deixou-a também na mesa. Repousou o braço na parte alta do encosto e deu apoio à cabeça com a mão.

Por um instante, ele perdeu o rumo da conversa. Ela piscou lentamente e manteve um sorriso sutil. Silêncio.

Nervoso, ele recomeçou a falar, mas finalmente percebeu o olhar dela fixo para seus lábios.

De repente, engoliu o resto do vinho, largou a taça e puxou-a para perto pela cintura.

...

- Esse beijo me deixou completamente amolecida.

- Engraçado...

Sussurando no seu ouvido, ele disse:

... comigo aconteceu um pouco diferente...

5 comentários:

Fábio disse...

Alguns pensadores acreditam que o vinho é a grande janela que leva a um mundo de alegrias, mesmo que ilusórias - e as vezes momentâneas.
Ela ficou amolecida porque estava bêbada :P
Que insensível que sou né.. ehehhee
Abraço

R. disse...

Ha!

Gostei!

Mesmo.

É o tipo de coisa que eu falaria em tal situação. Vamos minha gente! Os desajuizados desajuizando quem tem siso (ou não!) por esse mundão sem porteira (porteira com "r" de paulista)! Viva o vinho, viva a vida!

-e um beijo pra ti-

Anna Flávia disse...

rsrsrs
Gostei! Muito. Ótimo final.

Beijo

Anônimo disse...

É por isso que eu digo: ótima invenção, esse tal de vinho...

:))

Anônimo disse...

Um pouco quanto contráditório com o texto do dia 4 de janeiro, mas, boa sorte amiga!