De repente viu se abrir. Vuuussssshhhhhh. Não tinha mais chão e começou a cair.
Caía... caía... gritava... chorava... caía... debatia... desesperava-se.
Estava perdido. Não sabia viver assim. Via as informações passarem ao seu redor numa velocidade incrível e não conseguia assimilar todas elas. Ouvia as pessoas discutirem intensamente sobre o buraco negro e tudo começou a soar tão irritante, tão doído, que, muitas vezes, fechava os olhos tentando fechar os ouvidos. Não conseguia, evidentemente. Mas sobreviveu.
Será que aprendeu a voar? Ninguém sabe. Ninguém obteve mais notícia. Deve ter sido sugado pelo escuro. Ou deve ter encontrado outro tipo de chão.
3 comentários:
Bem metaforicamente falando, eu sei exatamente o que é ver as informações passar na velocidade da luz. Cá pra nós, adoraria ser Neo, plugar um cabo na cabeça e aprender tudo o que é necessário.
Pensando agora, até que um implante iria bem a calhar agora. Ter que cair para aprender a voar, é coisa de águia, só espero aprender antes que o chão chegue logo.
Me lembra de muitos sonhos que tive. Mas eu não aprendia a voar. Para fins de registro, quem me passou o endereço aqui foi o mythus e há um bom tempo sou leitor da Elisa. Parece que vou me tornar leitor aqui também.
Encontrou outro tipo de chão. Quando se sente o mesmo chão embaixo dos pés é sinal de que não se está caminhando...
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